
Com a proximidade do final do ano, o clima de otimismo toma conta dos bares e restaurantes em todo o país. O pagamento do 13º salário, aliado às confraternizações, férias escolares e festas de fim de ano, promete impulsionar o consumo fora do lar e aquecer o setor de alimentação.
De acordo com projeções econômicas, a injeção de recursos esperada para 2025 deve superar os 321,4 bilhões de reais estimados pelo Dieese no ano passado. O aumento está diretamente ligado à ampliação dos empregos formais e ao reajuste do salário mínimo para 1.518 reais, que eleva o valor do benefício para milhões de trabalhadores. Com isso, mais consumidores devem ter condições de gastar, beneficiando especialmente o setor de bares e restaurantes.
Um levantamento da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) mostra que 81% dos empresários esperam aumento no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior. A maioria acredita em um crescimento de pelo menos 10% nas vendas.
O fenômeno tem explicação econômica: trabalhadores de menor renda costumam gastar uma parcela maior do que recebem, principalmente em períodos de bonificação, como o 13º salário. Essa tendência deve se refletir diretamente em um aumento na demanda por alimentação fora de casa, especialmente em regiões periféricas e comunidades.
Apesar de uma leve retração nas vendas registrada em setembro, atribuída à inflação e ao aumento dos custos operacionais, o setor mantém boas expectativas. “O pagamento do 13º salário, além das festas e férias de fim de ano, deve impulsionar o consumo. Estamos confiantes em uma recuperação gradativa, especialmente a partir deste mês de novembro”, afirmou Paulo Solmucci, presidente executivo da Abrasel.
A previsão de um movimento mais intenso também tem levado muitos empresários a reforçarem suas equipes. Cerca de um terço pretende ampliar o quadro de funcionários até dezembro, com foco em cargos operacionais como auxiliares de cozinha, garçons e atendentes.
Solmucci avalia que o cenário é promissor, ainda que com desafios: “O desemprego em níveis historicamente baixos significa mais poder de compra e, por consequência, mais movimento. Isso traz um desafio a mais na contratação de profissionais, principalmente os mais qualificados. Mas é melhor ter essa dificuldade do que ver faltarem clientes”, conclui.
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