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Agrofloresta na prática: o exemplo do Sítio Santa Terra apresentado na Alta Café

A experiência do Sítio mostra que é possível unir produção agrícola com regeneração ambiental. Uma abordagem que não só alimenta, mas também inspira.

10/04/2025 às 16h30 Atualizada em 11/04/2025 às 06h58
Por: Redação
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Fotos: Marcos Limonti/ Divulgação Alta Café
Fotos: Marcos Limonti/ Divulgação Alta Café

Durante a 5ª edição da Alta Café, no espaço Alta Experience, o Sítio Santa Terra, localizado em Patrocínio Paulista (SP), compartilhou sua trajetória inspiradora com o sistema agroflorestal. O workshop, apresentando pelos agroflorestadores Anderson Arcanjoleto e Angélica Facirolli, trouxe reflexões importantes sobre produção sustentável, sucessão natural e a integração entre agricultura e floresta.

No Santa Terra, o café é cultivado dentro de um sistema agroflorestal maduro, onde o manejo é pensado a partir dos princípios da natureza — como a sucessão ecológica, a estratificação de espécies e o aproveitamento do microclima local. A lógica não é competir com a floresta, mas sim se integrar a ela, formando um sistema resiliente, biodiverso e produtivo ao longo do tempo.

Sítio Santa Terra em m Patrocínio Paulista (SP).

A propriedade já chegou a produzir até uma tonelada de alimentos, resultado da diversificação das culturas e da presença de alimentos disponíveis o ano inteiro. Isso acontece graças ao planejamento que leva em conta o tempo e o espaço de cada espécie: alimentos de ciclo curto como rúcula e alface crescem junto com árvores frutíferas e espécies de médio e longo prazo, como a mandioca e o próprio café.

O café, inclusive, é um dos pilares da produção do sítio, que conta com um banco de sementes e práticas que valorizam a regeneração natural. Segundo os produtores, o sistema reduz a necessidade de insumos externos, otimiza a mão de obra e favorece a regeneração do solo, transformando o ambiente ao longo dos anos.

Outro destaque foi a explicação sobre a “estratificação” do plantio, onde espécies de diferentes alturas e ciclos são cultivadas juntas, criando uma floresta comestível que se desenvolve em camadas — das rasteiras até as copas mais altas. Essa diversidade não só garante colheitas em diferentes épocas do ano, mas também protege o solo e promove equilíbrio ecológico.

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